O Índice de Custos de Transporte elaborado pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte Rodoviário de Carga (FADEEAC) registrou um aumento de 10% em fevereiro, após o aumento de 5,5% em janeiro, e 121% em 2022 (o maior nos últimos 20 anos).

Desta forma, somente no primeiro bimestre de 2023, os custos operacionais do setor tiveram alta de 16%.

O estudo, produzido pelo Departamento de Estudos Econômicos e Custos da FADEEAC a partir de dados primários e estrutura de custos obtidos de forma independente, e auditados em sua metodologia estatística pelo Centro de Pesquisas em Finanças da Universidade Di Tella, mede 11 itens que impactam diretamente os custos das empresas de transporte de cargas em todo o país, sendo referência em grande parte para a fixação ou reajuste tarifário do setor.

A pesquisa de fevereiro mostra alta na maioria dos itens.

Desta vez, destaca-se o aumento do custo da mão-de-obra, decorrente da segunda parte do acordo assinado em outubro de 2022, com impacto direto na rubrica Condução Pessoal (22,1%, incluindo o adicional da primeira categoria), e na rubrica de itens e componentes relacionados a Reparos (9,95%) e Despesas Gerais (20,2%), impulsionados pelos aumentos em serviços gerais.

Adicionalmente, no segundo mês de 2023 registou-se um novo aumento dos Combustíveis (5%), abrangendo tanto o segmento grossista como retalhista de gasóleo, no âmbito dos acordos de preços estabelecidos entre o Estado Nacional e as petrolíferas, e o item Lubrificantes teve alta de 5,25%.

Depois dos aumentos acentuados ao longo de 2022, os Pneus registaram um aumento de 2,9% em fevereiro.

Quanto aos itens relacionados a Equipamentos, o Material Circulante voltou a apresentar alta expressiva (8,93%), assim como os Seguros (6,22%). O Custo Financeiro, por sua vez, cresceu 9,97%. Os demais itens (Patentes e Taxas e Pedágios) não sofreram alterações em relação a janeiro.

Aumento Sustentado

Os aumentos registrados no primeiro bimestre de 2023 confirmam que o aumento dos custos com transporte de carga continua em ritmo sustentado.

Em meio a um contexto inflacionário global (com os maiores valores em 40 anos) e com números recordes de inflação doméstica desde 2002, os custos com transporte de carga superaram em vários pontos a inflação do varejo ao longo de 2022.

O setor de transporte e logística de cargas na Argentina enfrenta essa situação em um quadro de alta inflação nominal local, com aumentos notáveis em insumos essenciais para a atividade, como diesel, pneus e itens relacionados a equipamentos em termos gerais.

Evolução nos dois primeiros meses de 2023

Se considerados os aumentos registados em janeiro e fevereiro de 2023, o ranking de aumentos por rubrica é encabeçado por Patentes (72,6%), seguido de Material Circulante (25,4%), Pessoal (25,4%), Despesas Gerais (25%) e Consertos (23,9%).

Se for analisado o que aconteceu ao longo de 2022, os que mais aumentaram foram Material Circulante (154%), Seguros (142%), Reparações (132%), Pneus (124%) e Combustíveis (121%).

 

FONTE: FADEEAC /  ABTI

 

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